Exercícios sobre Teóricos do absolutismo

Publicado por Tales dos Santos Pinto
em 20/06/2014 18:53

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Questão 1

(Enem – MEC)

I. Para o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), o estado de natureza é um estado de guerra universal e perpétua. Contraposto ao estado de natureza, entendido como estado de guerra, o estado de paz é a sociedade civilizada.

Dentre outras tendências que dialogam com as ideias de Hobbes, destaca-se a definida abaixo.

II. Nem todas as guerras são injustas e, correlativamente, nem toda paz é justa, razão pela qual a guerra nem sempre é um desvalor, e a paz nem sempre um valor.

BOBBIO, N. MATTEUCCI, N. e PASQUINO, G. Dicionário de Política. 5ed. Brasília: Universidade de Brasília. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2000.

Comparando as ideias de Hobbes (texto I) com a tendência citada no texto II, pode-se afirmar que:

a) em ambos, a guerra é entendida como inevitável e injusta.

b) para Hobbes, a paz é inerente à civilização e, segundo o texto II, ela não é um valor absoluto.

c) de acordo com Hobbes, a guerra é um valor absoluto e, segundo o texto II, a paz é sempre melhor que a guerra.

d) em ambos, a guerra ou a paz são boas quando o fim é justo.

e) para Hobbes, a paz liga-se à natureza e, de acordo com o texto II, à civilização.

 

Questão 2

(FGV-SP) “Daqui nasce um dilema: é melhor ser amado que temido, ou o inverso? Respondo que seria preferível ser ambas as coisas, mas, como é muito difícil conciliá-las, parece-me muito mais seguro ser temido do que amado, se só se pode ser uma delas [...]”

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Ed. Europa-América, 1976. p. 89.

A respeito do pensamento político de Maquiavel, é correto afirmar que:

a) Mantinha uma nítida vinculação entre a política e os princípios morais do cristianismo.

b) Apresentava uma clara defesa da representação popular e dos ideais democráticos.

c) Servia de Base para a ofensiva da Igreja em confronto com os poderes civis na Itália.

d) Sustentava que o objetivo de um governante era a conquista e a manutenção do poder.

e) Censurava qualquer tipo de ação violenta por parte dos governantes contra seus súditos.

Questão 3

  “O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. [...] Três razões fazem ver que este governo [o da monarquia hereditária] é o melhor. A primeira é que é o mais natural e se perpetua por si próprio [...] A segunda razão [...] é que esse governo é o que interessa mais na conservação do Estado e dos poderes que o constituem: o príncipe, que trabalha para seu estado, trabalha para seus filhos, e o amor que tem pelo seu reino, confundindo com o que tem por sua família, torna-se-lhe natural [...]. A terceira razão tira-se da dignidade das casas reais [...]. A inveja, que se tem naturalmente daqueles que estão acima de nós, torna-se aqui em amor e respeito; os próprios grandes obedecem sem repugnância a uma família que sempre viram como superior e à qual se não conhece outra que a possa igualar.”

As ideias presentes no texto acima podem ser associadas à qual teórico?

a) Jacques Bossuet, teórico do absolutismo francês que divergia da Teoria do Contrato Social.

b) Nicolau Maquiavel, italiano que defendia valores como virtude e fortuna para a manutenção do poder do príncipe.

c) Thomas Hobbes, inglês que defendia que a sociedade civil deveria se organizar politicamente para sair do estado de natureza, associada à guerra.

d) Hugo Grotius, que preconizava a existência de um Estado forte para controlar a sociedade civil.

Questão 4

Os teóricos do absolutismo, geralmente, ou teciam suas perspectivas com base em experiências e conflitos vividos no interior de determinadas monarquias ou legitimavam o poder real por meio de uma análise comparativa entre as diferentes formas de governo já experimentadas. Nesse sentido, Nicolau Maquiavel escreveu seu livro mais famoso, O príncipe, dedicado a:

a) Luís XI, rei da França.

b) Henrique VIII, Rei da Inglaterra.

c) Fernando, rei de Espanha.

d) Lorenzo de Médici, estadista florentino.

e) D. João III, rei de Portugal.

Resposta - Questão 1

Letra B. Hobbes contrapõe dois termos antagônicos, a guerra e a paz, aos dois estados do ser humano, respectivamente, o estado de natureza e a sociedade civilizada. Porém, o texto II coloca a guerra ou a paz não como termos absolutos, podendo haver injustiça na paz e justiça na guerra.

Resposta - Questão 2

Letra D. Maquiavel defendia a utilização de vários recursos de coerção para a conquista e manutenção do poder, garantindo ser esse meio mais eficaz que o sentimento de amor que poderia ter a população para com seu rei.

Resposta - Questão 3

Letra A. Bossuet defendia que os reis tinham um direito divino de ocupar os tronos das monarquias nacionais, além do fato de serem a expressão mais perfeita da autoridade delegada por Deus.

Referência do Texto: BOSSUET, J. A política inspirada na Sagrada Escritura. In: FREITAS, G. 900 textos e documentos de história. Lisboa, Plátano, 1997.

Resposta - Questão 4

Letra D. Maquiavel fez a dedicatória a Lorenzo de Médici como orientação para seu governo a partir de reflexões sobre diversas experiências de governo existentes.

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